"Jogou a toalha na vida,entregou os pontos e aos prantos,chorando pelos cantos,escreveu uma carta de despedida.."Jay Vaquer

Aos meu caros amigos,poucos,mas queridos.

Teria um caminho longo a seguir,uma série de coisas a realizar,uma vida inteira pra construir,mas a empreiteira responsável pela obra resolveu abandonar o projeto.

Nada mais de promissor,nada mais de entusiasmo.A obra caminha para o fim,sem haver terminado.

O esboço do sorriso irá parar no meio,e não avançará,a estrela que brilharia,foi escondida pela imensidão vermelha das nuvens no céu.

O talento em diversos âmbitos,a criatividade,a energia positiva,a tranqüilidade,tornar-se-ão memórias,lembranças distantes que trarão alguma saudade a quem conseguir lembrar.

O jovem sorridente,bem humorado,evanescerá aos poucos na mente de cada um dos que um dia compartilharam algo de positivo,de feliz.Ele continuará vivo,sorrindo,dentro de todos aqueles que sorriram com ele.

As manchas nos dedos denunciam o desespero: vermelho escuro,denso,pesado quase...

Nunca foi de usar relógio,se preocupou com as horas,com o tempo,não ia dar pra avisar,nunca mais.

Ele vai embora,mas fica no mesmo lugar,carne e osso,mente algumas vezes,mas depende da pessoa.

Ele vai embora,mas não carrega bagagem,não pega ônibus de viagem,nem vai andar a pé.

Ele vai embora,em boa hora ou não,atrasado talvez,cedo demais,jamais,ele vai por que quer?