quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Escrevi com lápis,
nas paredes do quarto

Escrevi que chorava,que gritava..
para que não precisasse fazê-lo

Escrevi as mentiras,para que das paredes
elas jamais saíssem.

Marquei nas paredes o tempo exato,a hora certa,minutos,segundos
para que pudesse perdê-los.

Fingi que não existia o passado,que não havia presente,futuro,que nada tinha sido criado,tinha sido feito,tinha sido errado.

Escrevi no chão,no teto,nas quinas,até não haver mais espaço e nem força
Também acabaram as folhas de papel,os versos em branco,e os dedos

Acabou o canto,o encanto,o zelo,o respeito,o pranto.

Inspirou-se tanto,programou-se tanto,e caiu no mesmo erro.

Soube de si,humano,sina que não mais quis.

Nenhum comentário:

Postar um comentário