terça-feira, 18 de dezembro de 2012

A proposta foi aceita. De mãos dadas.
A volta pra casa não teve música Típica companhia de quase todos os dias na volta do trabalho exceto quando o trabalho é a própria música aí não se precisa dela como companhia Mas a volta não teve música, e não era dia de trabalhar com música O livro passou lento, logo foi guardado na mochila, que não tinha mais nada para lhe ajudar a chegar em casa mais rápido. Nada ajudou. E a casa, mesmo demorada em pouco ajudou, havia nele a agonia que ninguém via e ninguém reconheceria, o sorriso era o mesmo, a diferença foi ter-se trancado ao quarto e inventado de consertar o baixo que tava com um ruído insuportável em alguma parte do circuito. Ele não descobriu a origem do ruído, e pior, ainda danificou alguma conexão que fez o instrumento perder de vez o som. Nem com ruído, e nem sem... A seguinte tentativa foi pegar o metrônomo de dentro da mochila e estudar ritmo. Pouco êxito teve, perdeu-se nas síncopes, e a paciência se perdeu junto. Não tolerava aquele incomodo, pensar já o doía. Não quer imaginar que há algo errado, na verdade não sabe se há, só o sentido que não vê lhe indica um norte nessa ideia.
Te ver dormir em meus braços
leve sono
Quero todos os dias te ouvir acordar e te fazer sorrir.
Quero arar e cuidar do chão por onde você anda,e cresce.
Quero atar os nós que lhe farão ser o que só você será
e quero lhe deixar sumir no horizonte,na sua própria rota
sentir saudades de você
te ver voltar,e estar de braços abertos
lhe cobrir de beijos e lhe perguntar como foram as idas e vindas.
De pés unidos
Juntos os dois
Discorro os acordes impossíveis
com serenidade
Não quero saber de suas novidades não quero saber o que faz onde anda e com quem,não me interessa não me vale,nunca valeria..
Quantas vezes você se pōe diante de si mesmo? Quantos números foram ditos nessa contagem? Quantas vezes? Quantas chances? Eu estou longe, resolvi reeducar-me em hábitos, e construir alguns degraus a mais em mim mesmo. Na teoria é fácil: Vou mudar, e puff!! Novo em folha! Com a bagagem nas costas, não só da viagem, mas de toda a vida, eu resolvi caminhar mais uma vez. Eu conta com a fé em algo maior, e me movo na direção do que gosto. Se existe um futuro, não sei, só sei que sigo adiante.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Há uma tela
Sem horizonte,ou barco à vela
Sem cor,sem vida.

Nas mãos a aquarela
que há de colorir,de tom em tom
o sorriso dela

Multiplicar o espectro
em infinitas nuances
Fazê-la feliz em todas as cores

Nem o cinza irá proibir
o gesto singelo que traça o píncel
anunciando sua saída dos céus
Parar o lumiar-sol de seu olhar

E o ocre,se cobrirá em verniz
para simular-te a pele,de intagível frescor
de inebriante sabor

O rubro traz consigo o calor
Dos abraços e beijos
dos corpos nus,inseparáveis

No arco-irís de seu ser
Meu mundo traduz-se
Seus degradês e combinações,
minha razão para contemplar
a tela-viva diante de mim.
Inevitável obra de arte,Você.