quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Há uma tela
Sem horizonte,ou barco à vela
Sem cor,sem vida.

Nas mãos a aquarela
que há de colorir,de tom em tom
o sorriso dela

Multiplicar o espectro
em infinitas nuances
Fazê-la feliz em todas as cores

Nem o cinza irá proibir
o gesto singelo que traça o píncel
anunciando sua saída dos céus
Parar o lumiar-sol de seu olhar

E o ocre,se cobrirá em verniz
para simular-te a pele,de intagível frescor
de inebriante sabor

O rubro traz consigo o calor
Dos abraços e beijos
dos corpos nus,inseparáveis

No arco-irís de seu ser
Meu mundo traduz-se
Seus degradês e combinações,
minha razão para contemplar
a tela-viva diante de mim.
Inevitável obra de arte,Você.



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