domingo, 26 de dezembro de 2010

27/12/10 - C. D.

Você exposto às vistas alheias torna-se alvo fácil de surpresas
E surpreende-se num meio inóspito.
Um olhar o despe,lhe tira o ar,e comprime seu peito.
Uma completa desconhecida
Linda desconhecida.
Curiosidade aguça os sentidos.
Induz ao erro.
O silêncio.

Você a observa
não sabe o seu nome,nunca haverá de saber,talvez
Existe toda uma verdade no que você está vivendo.
e o melhor que você pode fazer é recolher-se para dentro de si
e se deixar envolver pelos mistérios de suas difusas idéias
Você não a ouve,mas lê em seus lábios algumas palavras
o desejo é o beijo,o ter mais do que apenas os olhos proporcionam.
Não houve nada disso.


Há de se lembrar,seus passos não estão sendo doados a conta-gotas.
Faz de tua vida tua estrada para ir e vir.
Seus ponteiros lhe indicam a sua hora.
Não pergunte o tempo certo à ninguém.

Ela se volta para você,esboça uma aproximação.
Você organiza a bagunça de sua cabeça para tentar arranjar a palavra mágica.
Ela não vem,não vem a coragem,o peito aberto.
Ela se volta novamente para você e lhe doa um rápido sorriso.

Sua dúvida e seu medo lhe corroem as entranhas.

Você se afasta para ir embora,tudo o que você menos queria.
O barulho do som alto,a multidão que lhe atrapalha a saída,qualquer coisa poderia servir de desculpa para ficar.
Você não usa nada disso,fica olhando para trás,tentando enxergar ela que esteve a centímetros de distância*.

A cabeça lateja,você já está a caminho de casa,seu silêncio o acompanha e lhe serve mais de companhia que seus companheiros dentro do carro.

Haverá de aprender rapaz,que seu medo é pequeno
é natural o que aconteceu,haveram outros momentos
Seja mais bondoso consigo mesmo
E valorize de uma vez por todas as suas vontades.

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